A Organização Mundial da Saúde coordena os esforços para travar pandemias como a Covid-19, faz campanhas de sensibilização, apoia pesquisas, distribui vacinas em todo o Planeta. E não só.
Começou por funcionar como um comité de higiene pouco depois da I Guerra Mundial, nos anos 40 do século passado, e hoje coordena esforços internacionais para combater e travar doenças que ameaçam a população do Planeta. A Organização Mundial da Saúde, com a sigla OMS, tem uma enorme responsabilidade em cima dos ombros: a saúde do Mundo. Os últimos meses têm sido complexos. A OMS classificou a situação do novo coronavírus como pandemia e avançou com uma série de recomendações para estancar a propagação da nova estirpe do vírus que já matou milhares de pessoas. Portugal, como tantos outros países, avançou com medidas restritivas para tentar controlar a situação.
Diagnósticos e medicamentos
A OMS é uma agência especializada em saúde, está quase a fazer 72 anos, tem sede em Genebra, Suíça, e está sob a alçada da Organização das Nações Unidas (ONU). Proteger a saúde de todos os povos é a sua principal missão e, portanto, as diretivas que cria são como leis que têm de ser respeitadas. Coordena trabalhos e esforços internacionais no controlo de surtos de doenças (malária e tuberculose são dois exemplos), apoia e patrocina programas para prevenir e tratar patologias, suporta o desenvolvimento e distribuição de vacinas, de diagnósticos médicos e de medicamentos. Estipula se determinado problema de saúde pública é um surto, uma epidemia, ou uma pandemia. Acompanha e supervisiona a implementação do regulamento sanitário internacional, e também elabora o Relatório Mundial da Saúde.
Fruta e tabaco
O seu trabalho é extenso. Declara se determinada doença está erradicada, se desapareceu da face da Terra, e trabalha em várias frentes para que isso aconteça. Com um assunto tão delicado nas mãos, que mexe com a vida dos povos, a OMS está permanentemente acompanhada dos melhores especialistas em todas as áreas da saúde. Promove campanhas em nome do bem-estar planetário (mais frutas e menos tabaco, por exemplo). Mergulha de cabeça em várias pesquisas em áreas tão diversas como as doenças transmissíveis ou doenças tropicais, faz inquéritos para perceber o que se passa em diversos contextos e países.
Não baixar os braços
A OMS não dorme nem descansa, ainda para mais agora. O novo coronavírus é uma pandemia, o número de infetados e de mortes irá aumentar, e a OMS recomenda atenção máxima a todo o Mundo para conter a circulação do vírus. Proteger a saúde e respeitar os direitos humanos são conselhos do diretor-geral da OMS, o grego Tedros Ghebreyesus, nesta altura tão delicada. A pandemia tem de ser combatida com todas as armas. “Descrever como uma pandemia não significa que os países devam desistir”, pediu o responsável máximo pela autoridade de saúde mundial.
A Covid-19 é a mais recente pandemia, segundo a OMS, por se tratar de uma doença infecciosa de grande alcance, que se tem propagado rapidamente pelo Mundo, e que já causou milhares de mortes – diferente de uma epidemia que infeta uma cidade ou uma região. Decretar uma pandemia, o nível mais alto nesta área, significa concertar esforços, emitir recomendações, reunir pareceres sem fronteiras, encontrar soluções que passam por tentar criar uma vacina. Significa dominar o vírus para salvar o Mundo.
Texto: Sara Dias Oliveira